Seu carrinho está vazio.
Pré-venda [envios a partir de 15/08]
A inteligência artificial não pensa (o cérebro também não) explora a fundo a era digital, investiga como a digitalização molda a experiência humana em suas dimensões antropológica, neurofisiológica, cultural e política, ao mesmo tempo em que questiona a concepção de inteligência da Inteligência Artificial (IA) e os mitos sobre o cérebro que permeiam seus modelos. Sob um cenário de euforia e temores, o texto desafia o leitor a conceber novas formas de ação autônoma em meio a essa transformação, distinguindo organismos – complexos integrados de biologia, tecnologia e cultura – de máquinas digitais, que tendem a fragmentar a unidade vital. Enfatiza a diferença ética e política entre a hibridização natural, organismos e artefatos e a colonização tecnocientífica do que é vivo, convidando à reflexão sobre a complexidade da digitalização e as implicações da IA para o futuro da inteligência e da existência humana.
É a partir de duas questões decisivas que este livro se constrói: por um lado, a diferença de natureza entre o orgânico (com seus ritmos e ciclos) e o digital (com suas partes agregadas e sua potência para modelizar o vivo); por outro, a impossibilidade de afirmar que a esta altura da história da técnica simplesmente usamos as novas tecnologias. Os autores trabalham com a ideia de que a alta tecnologia digital não se corresponde com nenhum instrumento, pois trata-se de uma nova casa, de um ambiente que não sabemos habitar. Todas as analogias que homologam a IA com a inteligência orgânica cometem o duplo erro de reduzir o pensamento a uma forma sofisticada e potente de processamento de informação e de confundir a máquina com um novo sujeito causa sui. Propõem que o desafio para assumir a época da complexidade, fora de toda gozosa tecnofobia e de toda conveniente tecnofilia, consiste em explorar formas de hibridação que respeitem a singularidade do vivo, a cultura, e a produção de subjetividade. Porque no extremo da tendência, a colonização tecnocientífica do vivo supõe o esmagamento de todo núcleo, toda situação, todo ecossistema que entranhe algo de irredutível ao puro funcionamento, ao rendimento impassível que reina como exigência de nossa hipermodernidade. Defender a vida dentro da nova casa tecnológica.
Miguel Benasayag é pesquisador em biologia, psicanalista, Doutor em Psicopatologia na Universidade Paris VII, Diploma em Pesquisa de Terceiro ciclo em Biologia, Neurofisiologia na Universidade de Montpeliér (França). É professor convidado na Universidade de Lille (França). Alguns de seus livros são: Clínica del malestar (Prometeo, 2025), Contraofensiva (Prometeo, 2023), La singularidad de lo vivo (Red Editorial; Prometeo, 2018), El compromiso en una época oscura (Red Editorial, 2021) Elogio del conflicto (Red Editorial, 2018, Prometeo, 2025), El cerebro aumentado el hombre disminuido (Paidós, 2015), El mito del individuo (Topía, 2013), Che Guevara. La gratuidad del riesgo (Red Editorial, 2012), Pasiones tristes. Sufrimiento psíquico y crisis social (Siglo XXI, 2010), entre outros. Fez parte ativa do PRT-ERP, esteve preso durante 4 anos na década de 1970 até se exilar na França.
Ariel Pennisi é ensaista, docente e pesquisador (UNPAZ, UNA), codiretor da Red Editorial, integrante do Instituto de Estudos e Formação da CTA A e do IPyPP, autor de Nuevas instituciones (del común) (Red Editorial, 2022), Papa Negra (Ensayos en libro, 2011) e Globalización. Sacralización del mercado (Longseller, 2001); coautor de Del contrapoder a la complejidad -com Raúl Zibechi e Miguel Benasayag- (Red Editorial, 2023), El anarca (filosofía y política en Max Stirner), Si quieren venir que vengan. Malvinas: genealogía, guerra, izquierdas (Red Editorial, 2022), Renta básica. Nuevos posibles del común (Red Editorial, 2021), entre outros. Integra o Grupo de Estudo de Problemas Sociais e Filosóficos no IIGG-UBA. É editor responsável de Conyunturas.